Um dia de alegria são dois ou três de tristeza profunda, alienação, sentimento de desnorte, falta de utilidade.
Corre talvez nestas veias algo de estranho que não consigo precisar com exactidão o que seja que me mete neste estado, sinto-me como num filme e começo a não entender se isto é a realidade ou a realidade é quando estou alegre. As coisas que me distraiam são agora um aborrecimento, fica mais difícil de esconder os meus olhos dos poucos que realmente olham para eles.
Sou um ser fragmentado, penso que me quero perder em mim mesmo e na solidão que sinto dentro de mim num momento e no outro anseio por uma lufada de ar fresco e companhia.
Ser isto que sou, seja eu o que seja, torna-se um peso demasiado grande para algo tão pequeno quanto a minha humanidade o é.
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